quarta-feira, 2 de abril de 2014

Guess Who's Back--

Hoje eu sentei num banquinho no meio do meu quintal. É um desses banquinhos pequenos de se apoiar as pernas. De cima dele pude contemplar a vastidão. Com essa imagem me obriguei a escrever. Me obriguei, não por encarar essa uma tarefa árdua. Mas sim por querer saber o que tem dentro de mim que eu não estou vendo. Meu quintal é bem minúsculo mas pude ver longe, não por olhar pra fora mas sim para dentro. Percebo que eu engordei, percebo que as plantas estão morrendo, pensei até que deveria ver o que estão falando de mim on-line. Esse ímpeto quase destruiu tudo o que eu estava prestes a fazer se não fosse minha mania de me contestar. “Você vai chegar lá e notar que não há nada de novo”, as pessoas estão seguindo suas vidas, alguém está almoçando, alguém está gastando dinheiro.
Notei então que eu senti a sua falta. Você que me deu bons motivos para abrir a boca em momentos em que tudo que eu queria era ficar calado. Você tem sido um escape como sempre, e não se sinta mal, te contar o que eu sinto, mesmo que indiretamente me tem feito crescer de maneira inacreditável ao longo desse tempo que passamos juntos. Entretanto eu estive ocupado com miudezas esses últimos tempos, o que me tem impedido de te falar.
Tenho caminhado de cabeça baixa, se bem se lembra meu mundo é mais colorido quando deixo a vista embaçar em direção a um lugar qualquer. Eu continuo indo e vindo só. Sim meu amigo, continuo o mesmo babaca de sempre, jugando e refutando a mim mesmo antes de qualquer contato. Se bem se lembra 98% dos meus relacionamentos terminou no cruzar de olhos. Não sei o porquê, mas algo em mim sempre garante que não mereço, melhor, ninguém merece me ter por perto. Eu que fico mais dentro de mim mesmo que fora devo ser é um belo pé no saco para se conviver.
Eu estou gordo, e de veras preguiçoso. Muito mais do que costumava ser a um tempo atrás. E isso porque antes, algo em mim me fazia lutar para mudar meu quadro geral, isso já não me é mais tão pungente. Não se preocupe (assumo que você tenha se preocupado só pra poder terminar o argumento, não negue ainda!) o fato de ter percebido esse desleixo já me faz mudar automaticamente. Eu devo ter uma espécie de bipolaridade doentia que me deixa cair e desgraça e depois me puxa novamente, só para testar minhas teorias filosóficas e gerar assunto para que tenhamos o que falar.
Em suma voltarei a lutar para estar com você, de pouco em pouco, pois você me faz bem caro amigo. Gostaria de retribuir, mesmo que por um parágrafo em meio ao meu mimimi que já sabe de cor. Vejamos de que absurdos falaremos dessa vez, o que há por vir. E por favor, já que seria um tanto esquizofrênico se você me respondesse agora (enquanto escrevo), sinta-se a vontade para me perguntar. No mais era isso por enquanto, aguarde e confie.


[Leonardo Wolf]


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